A decisão do prefeito Luciano Agra de deixar o PSB apresenta
pelo menos duas certezas e deixa muitas dúvidas no ar.
A primeira certeza é que Agra e seu grupo não marcharão com
Estelizabel Bezerra, candidata do governador Ricardo Coutinho; a segunda é que
o governador amplia seu isolamento na capital, seu principal e único reduto
eleitoral na política estadual.
Esses fatos levantam sérias dúvidas sobre a viabilidade do projeto
de reeleição de RC, cada vez mais ancorado no poder que o controle da máquina
do governo estadual oferece. Ou seja, parece cada mais claro que existe algo de
muito errado na política do governador que merece uma revisão urgente, porque
se até aliados mais próximos não apenas se afastam, mas rompem politicamente com
Coutinho é algo a indicar que sua ação política desde que tomou posse no governo
da Paraíba tem sido uma sucessão de erros.
O que, convenhamos, esse fato é uma surpresa que ninguém
imaginaria que acontecesse um ano e meio antes. Quem quer que fizesse um
esforço de projeção no início de 2011 jamais anteciparia tamanho isolamento do
governador em João Pessoa às vésperas das eleições que antecedem à disputa que
decidirá se RC continuará mais quatro anos no governo.
O governador não pode desconsiderar a hipótese de que sua
fragilidade não apenas fortalece seus adversários mais diretos, mas estimula a
rebeldia no seu próprio grupo. É difícil supor que se RC mantivesse a
influência que manteve em João Pessoa nos últimos oito anos haveria tanta
contestação de sua liderança dentro e fora do seu partido. E, ao que parece, quanto mais RC se fragiliza, mais beligerante ele fica.
Um dos erros de RC foi considerar que a postulação de Luciano
Agra seria um mero ato de rebeldia, como se o prefeito da maior cidade
paraibana e detentora do segundo maior orçamento do estado pudesse ser tratado
como alguém sem projetos, sem interesses, sem objetivos. Se Agra não os tinha
antes, passou a tê-los. E isso não poderia jamais ser desconsiderado.
Enquanto o PSB dava sinais cada vez mais claros de que
caminhava para um racha, o que se viu foram incêndios serem combatidos com
gasolina, especialmente por ricardistas. E, surpresa das surpresas, depois de muitas
idas e vindas, Agra finalmente deixou de ser Agra e mostrou que pode ser
sujeito da política.
Agra mostra que pode viver politicamente sem RC. No cargo
de prefeito, pode atuar para ser o fiel da balança que pode decidir uma eleição,
que já se mostrava cada vez mais difícil para Estelizabel Bezerra, mesmo com o
apoio das duas máquinas mais poderosas da Paraíba a impulsionar sua
candidatura.
Sem o apoio de Agra e a defesa dos avanços de sua gestão,
restará à candidata do PSB a defesa do governo que Ricardo Coutinho faz no
estado, cuja avaliação atual, pelo menos por enquanto, pode ser considerado mais
um fardo do que um suporte.
Enfim, a decisão anunciada por Luciano Agra de se desfiliar
do PSB fortalece a oposição, cujo favoritismo se consolidava a cada pesquisa
divulgada. Resta saber para onde vai pender o prefeito de João Pessoa e qual
candidatura ele apoiará. Essa é a segunda parte do movimento de Agra, que envolve
um alto risco e um alto grau de imprevisibilidade. Mas, correr riscos não
parece ser mais um limitador para a tomada de decisões do prefeito de João
Pessoa. Agra agora é Luciano Agra.
ENGANA-SE QUEM ACHA QUE RICARDO ESTA ISOLADO FOI O QUE PENSOU OS PETISTAS QUANDO O EXPULSOU DO PARTIDO, QUANTO A AGRA O PREFEITO JÁ VINHA DANDO MOSTRAS QUE TRAIRIA O PARTIDO IMAGINE SE ACONTECESSE EM 2014 MELHOR ACONTECER AGORA RICARDO CORTOU O MAL PELA RAIZ TEM UMA CANDIDATA FIEL E NÃO SE ENGANEM COM CHANCE SE NÃO GANHAR QUEM ASSUMIR A PREFEITURA TERÁ DIFICULDADE DE REALIZAR O QUE O PSB FEZ DURANTE O TEMPO QUE RICARDO ESTEVE A FRENTE DA PREFEITURA E ISSO SERA USADO HABILMENTE POR COUTINHO EM 2014 E NÃO SE ENGANE O AUTOR SE O CANDIDATO DO PSB A PREFEITO FOSSE COUTINHO GANHARIA A ELEIÇÃO NO PRIMEIRO TURNO QUANDO FALAM EM POPULARIDADE DO GOVERNADOR SE FALA NO ESTADO ESQUECEM QUE DENTRO DA CAPITAL RICARDO AINDA TEM ÍNDICES ALTÍSSIMOS DE POPULARIDADE.
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