Luciano Cartaxo, ontem com Agra contra RC. Hoje, com RC contra Agra. |
A maneira com que passou a assumir, pelo menos publicamente, o apoio à
candidatura de Veneziano Vital do Rego e, mais ainda, após o lançamento de
Lucélio Cartaxo, seu irmão, ao Senado, parecia indicar que uma nova liderança emergia
na Paraíba, com clareza de suas responsabilidades e disposta a assumir riscos
em nome de um projeto político de nação que, hoje, não pertence apenas ao PT,
mas mobiliza a paixão compromissada de todos os brasileiros que gostam de assim
serem chamados.
Luciano começava a ser a liderança que faltava ao PT e à esquerda na
Paraíba, liderança que RC não conseguiu ser ao abandonar o barco ao primeiro
aceno que lhe fez o conservadorismo.
E não se enganem. Não foi por outro motivo que, desde então, o governador
Ricardo Coutinho passou a investir numa aproximação com o PT, cujo objetivo não
era outro que não tentar neutralizar a influência do PT – e desse novo Luciano
Cartaxo – na disputa de 2014 e no futuro político da Paraíba.
Mas, sinais provenientes das hostes da administração pessoense teimavam
em continuar afirmando que o Cartaxo sentado na cadeira de Prefeito era o mesmo
de sempre, excessivamente pragmático, vacilante e com aversão a riscos.
Porque, como é possível pensar em um prefeito petista que não apenas continuava
a abrir espaço para adversários políticos nacionais em sua administração, mas
estregava a eles secretarias estratégicas, especialmente em ano de uma eleição
tão importante não apenas para o seu partido, mas também para o país?
Talvez seja ingenuidade de minha parte se referir a isso como “ingenuidade”.
Não, não é. É calculo político, mas um cálculo errado, medido apenas pelo
excesso de pragmatismo e um certo deslumbramento com o poder adquirido, o que mostra
a pouca consistência política para enfrentar e estar à altura dos desafios que
o país tem pela frente.
Cartaxo parece não ter ainda noção da importância adquirida, dos motivos e
do significado de sua vitória em 2012. Mais ainda, é incapaz até agora de compreender
a ebulição, a radicalidade das mudanças que vive o país e que começam a atingir
fortemente o perfil do eleitorado.
Ou seja, da mesma forma que o mesmo eleitorado que viabilizou a ascensão
de Cartaxo à condição de liderança exponencial da Paraíba, pode jogá-lo no
gueto da marginalidade política. Basta percebê-lo como mais um político que
desconsidera ou não coloca em primeiro lugar o interesse público.
Agora temos Cartaxo contra seus próprios eleitores.
ResponderExcluirMuita falta de inteligência dos Cartpaxos, nomear secretários aliados a Cássio e depois definir apoio dos girassóis. Vai aprender uma boa lição já agora em outubro. Em 2016 entrará na vala dos políticos anônimos, alijados pelos próprios eleitores.
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