Ricardo Coutinho avançou um passo na construção do discurso
que pode – pode – resultar mais à frente no anuncio do rompimento da aliança
PSB-PT.
Instado a falar do acordo com o Partido dos Trabalhadores em 2016, RC
não apenas afirmou não ter nenhum compromisso firmado no apoio à reeleição de
Luciano Cartaxo como disse que a fatura pelo decisivo apoio dado pelo PT, em
2014, já havia sido paga durante a própria campanha, quando Lucélio Cartaxo
teve sua candidatura impulsionada por todo o estado no rastro da campanha do
governador.
Se isso não fosse bastante, Coutinho cobrou apoio do PT na
assembleia, já que o partido compõe o governo, mas seus deputados,
especialmente Frei Anastácio, agem como se fossem de oposição.
Como eu
registrei aqui no Jornal da Paraíba quando tratei do apoio de Anísio Maia à CPI
do Empreender, essa postura um dia seria cobrada por RC. E se o PT não
enquadrar urgentemente seus deputados, RC consolida cada vez mais um discurso
para justificar um futuro rompimento.
RC sabia, por um lado, que dificilmente contaria com a unidade da bancada petista no apoio ao seu governo na Assembleia Legislativa; por outro, contava que o PT indicasse nomes para compor seu governo, o que realmente se efetivou.
Diferente do PSB, que não tem unidade interna em relação ao governo da capital e, portanto, não participa do governo.
Enfim, peças aparentemente desconexas começam a se encaixar permitindo que Ricardo Coutinho, quando resolver o dilema sobre se lança candidato à Prefeitura
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