terça-feira, 16 de junho de 2015

PMDB, JOÃO PESSOA, CAMPINA...

PMDB sela apoio a RC, em 2014. Acordo temporário ou aliança duradoura?
A ida do deputado federal Manoel Jr. à convenção estadual do PSDB causou um certo frisson naqueles que imaginam (ou torcem) para que o peemedebista se consolide como candidato e uma alternativa em João Pessoa tanto ao PT quanto ao PSB.
Manoel Jr. se esforça por estabelecer sua candidatura como um fato consumado, mas ele mais do que ninguém sabe que muita água vai rolar até que seja batido o martelo a respeito de qual vai ser mesmo o destino do PMDB, não apenas em 2016, mas em 2018.
Por enquanto, José Maranhão estimula uma candidatura própria em João Pessoa, o que dá esperanças a Manoel Jr., ao PSDB e a setores da imprensa interessados no racha do bloco partidário vitorioso em 2014 na Paraíba.
Não apenas Maranhão sabe que é muito cedo para definir qualquer objetivo quando ainda resta tanto tempo para se tomar um decisão, especialmente porque tanto o PMDB continua dividido como o quadro ainda está bastante indefinido nas duas principais cidade do estado quando o assunto é eleição de 2016.
A aliança PT-PSB será mantida? O PSB lançará candidato? Quem? Veneziano disputará a prefeitura de Campina? A resposta a essas questões definirá o destino do PMDB daqui a um ano.
O amadurecimento desse quadro irá nos revelando a verdade sobre os motivos para que cada ator político esconda o jogo sobre seus objetivos para o próximo ano.
Só há uma decisão tomada e anunciada: a de que Luciano Cartaxo será candidato à reeleição. Como ele não responde com clareza se concorda com a indicação do PSB para a vaga de vice-prefeito em sua chapa, tudo se mantém indefinido e os socialistas que defendem lançamento de candidatura animam cada vez mais, enquanto o clima pró-rompimento com o PT se consolida.
Caso isso se efetive, o PMDB será tratado como a noiva da eleição, com grande probabilidade de vir a compor com o PSB, com quem mantém relações cada vez mais próximas em nível estadual.
Há indefinição também no caso de Campina Grande. Se Cartaxo pode trabalhar com tranquilidade sem temer que o PT não lhe ofereça legenda para concorrer no próximo ano, o mesmo não acontece em Campina, quando Romero Rodrigues, por mais que afirme o contrário, convive com sérias dúvidas a respeito de seu projeto de reeleição. Quando setembro passar, bem como o prazo de mudança partidária, um capítulo dessa novela terá se concluído, mas teremos de esperar pela conclusão do enredo final, quando será batido o martelo e confirmada ou não a candidatura tucana na cidade.
Essa indefinição deixa em suspenso o lançamento da candidatura de Veneziano Vital do Rego em Campina, apesar de que isso possa estar vinculado ao receio de antecipar o anúncio e deixar o “cabeludo” a mercê dos ataques adversários, como aconteceu em 2014.
Veneziano também deve observar com atenção os movimentos do outro lado, esperando para ver se enfrentará Romero Rodrigues ou algum Cunha Lima.
Essa definição é estratégica, mas é possível que Veneziano se arrisque numa empreitada que provavelmente deságue na retomada do seu caminho para disputar, talvez em 2022 ou 23, o governo do estrado.
Todas essas injunções ajudarão a definir a estratégia de cada força política para o próximo ano, especialmente do PMDB.

Se fosse obrigado a antecipar qualquer posição, eu consideraria bastante improvável que o PMDB mantenha a disposição de lançar candidatura própria em João Pessoa, no próximo ano. O partido tem mais a perder do que a ganhar com isso.

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