domingo, 17 de maio de 2015

RC DÁ MAIS UM PASSO

Ricardo Coutinho avançou um passo na construção do discurso que pode – pode – resultar mais à frente no anuncio do rompimento da aliança PSB-PT. 

Instado a falar do acordo com o Partido dos Trabalhadores em 2016, RC não apenas afirmou não ter nenhum compromisso firmado no apoio à reeleição de Luciano Cartaxo como disse que a fatura pelo decisivo apoio dado pelo PT, em 2014, já havia sido paga durante a própria campanha, quando Lucélio Cartaxo teve sua candidatura impulsionada por todo o estado no rastro da campanha do governador. 

Se isso não fosse bastante, Coutinho cobrou apoio do PT na assembleia, já que o partido compõe o governo, mas seus deputados, especialmente Frei Anastácio, agem como se fossem de oposição. 

Como eu registrei aqui no Jornal da Paraíba quando tratei do apoio de Anísio Maia à CPI do Empreender, essa postura um dia seria cobrada por RC. E se o PT não enquadrar urgentemente seus deputados, RC consolida cada vez mais um discurso para justificar um futuro rompimento.

A lembrança do governador Ricardo Coutinho nos permite entender duas posições que o PSB tomou em relação ao governo petista da Capital: não participar da administração Cartaxo indicando nomes para o secretariado e liberar seus parlamentares na Câmara de Vereadores, onde um deles é de oposição. 

RC sabia, por um lado, que dificilmente contaria com a unidade da bancada petista no apoio ao seu governo na Assembleia Legislativa; por outro, contava que o PT indicasse nomes para compor seu governo, o que realmente se efetivou. 

Diferente do PSB, que não tem unidade interna em relação ao governo da capital e, portanto, não participa do governo. 

Enfim, peças aparentemente desconexas começam a se encaixar permitindo que Ricardo Coutinho, quando resolver o dilema sobre se lança candidato à Prefeitura

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