sábado, 26 de dezembro de 2009

Voto espontâneo: esse é o número que atormenta Serra

Reproduzimos abaixo postagem do Blog Escrevinhador, do jornalista Rodrigo Viena, com uma analise de um dos aspectos da última pesquisa Datafolha que a FSP e nenhum órgão do PIG deu destaque, mas que é essencial para entendermos os números mais relevantes em uma pesquisa feita há mais de 10 meses da eleição: o voto espontâneo. Uma análise a respeito de um conjunto de aspectos que sustentavam não só a viabilidade de Dilma Roussef, mas seu favoritismo - entre eles os resultados das pesquisas espontâneas - foi feita aqui no blog há pouco mais de 2 meses (confira aqui).


VOTO ESPONTÂNEO: ESSE É O NÚMERO QUE ATORMENTA SERRA (Por Rodrigo Vianna)


No domingo, o UOL (que pertence ao grupo "Folha") passou horas com uma manchete que parecia feita sob encomenda para o governador de São Paulo: "Serra vence Ciro e Dilma no segundo turno, diz DataFolha".

Ok. Isso é fato. O "DataFolha" mostrou mesmo grande vantagem de Serra sobre os adversários num eventual (e ultradistante) segundo turno da eleição presidencial em2010.

Outro fato: Serra foi editorialista da "Folha". Era tratado com carinho especial pelo velho Frias. E retribuiu, dando o nome do patriarca da "Folha" para uma ponte e um hospital em São Paulo. Carinho com carinho se paga!

Tudo isso é fato.

Mas o fato mais importante a "Folha" escondeu.

A dez meses da eleição, qual o número mais importante numa pesquisa? Aquele que indica a intenção espontânea de voto.

Vocês prestaram atenção ao voto espontâne no último "DataFolha"? Talvez, não. Até porque os números ficaram escondidos. Eu só achei no blog do Fernando Rodrigues (que, apesar de trabalhar na "Folha", não briga com os fatos) - http://uolpolitica.blog.uol.com.br/.

Aqui, o trecho em que Fernando fala sobre a pesquisa espontânea, seguido pela tabela que ele publicou em seu blog...

"(...) cumpriu-se a profecia lulista segundo a qual Dilma Rousseff seria uma candidata competitiva em dezembro de 2009 (tese sempre repelida por tucanos). Mas é agora que o jogo começa de fato. Um indício é a pesquisa espontânea do Datafolha, quando os entrevistados apenas são indagados sobre em quem desejam votar, mas sem ver os nomes dos possíveis candidatos. Em agosto, 27% respondiam que votariam em Lula (o presidente não é candidato). Hoje, o percentual de Lula caiu para 20%. Um sinal de que parte do eleitorado lulista está percebendo que a eleição está chegando –até porque o percentual espontâneo de Dilma passou de 3% para 8%, empatando com Serra:

Volto eu.

Deixem Lula de lado, provisioriamente.

Reparem que - mesmo assim - a soma de votos em "Dilma", no "candidato do PT" e no "candidato do Lula" bate em 12%.

Serra tem 8%. Se somarmos os votos em "Aécio" e "Alckmin", teríamos os mesmos 12%.

Serra é o líder na pesquisa estimulada. Mas na espontânea ele patina.

Tudo isso sem levar em conta que Lula hoje teria 20% dos votos!

Hoje, esse é o número que atormenta Serra. E pode fazer com que ele desista da candidatura presidencial. Ainda mais sabendo que, se perder para Dilma, Alckmin (ou Ciro, com apoio do PT) pode asumir o governo paulista.

Seria o fim para ele.

Serra só será candidato se tiver coragem para desafiar o destino. Pra ele,é tudo ou nada.

Os números da espontânea indicam que há grande chance de a liderança de Serra se esfarelar. "Tudo" pode virar "nada" antes de a Copa do Mundo chegar.

Quem conhece Serra sabe que ele não é dado a correr esses riscos.

Veremos em breve.

Aécio pode ser chamado de volta em março. E ainda há FHC, a espreitar o Brasil de algum lugar do passado. Quem sabe ele não se anima a empunhar a bandeira tucana, se Serra também desistir. Seria divertido...

Aliás, pergunta: FHC não é citado na pesquisa? Teve menos de1%? Ou ficou embolado com Eymael ali entre os "outros"?

3 comentários:

  1. agora lendo essa reportagem e pasmo, fico a pensar porque o Lula não se candidata a presidente eterno? Esse brasil é uma piada.

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  2. Tua linha de raciocínio "fecha" com a do Jornalista abaixo identificado, missivista da 'carta capital".

    A curva que assusta

    23/10/2009 16:00:58
    Mauricio Dias

    Há uma curva no caminho da pré-candidatura do tucano José Serra. Ela talvez seja um dos maiores fatores da imobilização política do governador paulista em relação à eleição presidencial de 2010, que tem levado seus aliados a certo desespero.

    A curva mostra o comportamento longitudinal do eleitor em relação às candidaturas de José Serra e Dilma Rousseff.

    “Esse comportamento em relação ao governador Serra apresenta uma base de 35% e, ao longo do tempo, sofreu uma variação positiva até o início de 2009. A partir daí, há uma tendência constante de queda”, aponta Marcus Figueiredo, responsável pelo trabalho.

    Em junho de 2008, Serra alcançou 38,2% pela Sensus. Chegou a 42,8% no fim de janeiro de 2009 em sondagem de opinião feita pelo mesmo instituto.

    A curva similar, em relação à candidatura da ministra Dilma Rousseff, aponta uma tendência sempre crescente.

    Ser (candidato) ou não ser (candidato)? Eis a questão de Serra.

    Essa curva era, até então, conhecida por poucos. Ela foi mapeada por Figueiredo, um especialista em pesquisas eleitorais. Professor do Iuperj, da Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro, foi utilizada por ele uma metodologia, usada nos Estados Unidos, chamada Poll of Polls (Pesquisa das Pesquisas).

    Figueiredo tomou como base o resultado das pesquisas pré-eleitorais que representam a opinião da sociedade em momentos variados. Figueiredo usou dados das pesquisas do Ibope e dos institutos Sensus e Datafolha, realizadas entre fevereiro de 2008 e setembro de 2009. A representatividade das amostras é compatível e o objeto da pergunta é semelhante (“Se a eleição fosse hoje, em quem o senhor votaria?”).

    Segundo ele, a ideia de fazer a “pesquisa das pesquisas” tem, exatamente, o objetivo de pegar as diferenças apontadas entre as pesquisas rotineiras, que, como retratos, mostram o presente. A tendência dilui essas diferenças episódicas captadas pelos porcentuais de uma mesma pesquisa ou, eventualmente, de pesquisas de diferentes institutos feitas quase no mesmo momento.

    A tendência no tempo longo livra as candidaturas de circunstâncias episódicas.

    Serra teme a derrapagem projetada por essa curva. Certamente, o deputado Rodrigo Maia, presidente nacional do DEM, se preocupa muito com ela. Aliado principal do PSDB, Maia não esconde do eleitor suas angústias e tem forçado uma definição rápida. “A oposição está sem discurso, sem candidato. Estamos no pior dos mundos”, lamentou recentemente.

    O gráfico da “pesquisa das pesquisas” aponta uma tendência, mas não assegura que a situação seja imutável. Marcus Figueiredo acredita, no entanto, que, “se o governador José Serra continuar escondido”, a tendência da curva continuará declinante e, em breve, poderá ser ultrapassado pela curva ascendente de Dilma Rousseff.

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