Vejam como são as coisas. Há três semanas atrás, sem motivo político claro, o Datafolha identificou um crescimento da candidatura de José Serra de 4 pontos percentuais e uma queda de 1 ponto de Dilma Rousseff. Todas as outras pesquisas, inclusive a do Ibope, tinham identificado tendência exatamente no sentido oposto: crescimento de Rousseff e queda de José Serra.
Ontem, após pesquisa realizada na semana imediatamente posterior ao lançamento da candidatura tucana, que foi precedida por poderosa operação midiática e sucedida por um verdadeiro escarcéu feito pela grande imprensa para ajudar a impulsionar a candidatura serrista, eis que o queridinho do PIG (Partido da Imprensa Golpista) apenas "oscila" 1 ponto dentro da "margem de erro". Pontinho que justifica, claro, a divulgação do "crescimento" de Serra.
Ou tem alguma coisa estranha acontecendo no mundo da política brasileira ou o Datafolha tornou-se parte fundamental da estratégia eleitoral tucana. Creio sem sombra de dúvida que a segunda hipótese é a mais verdadeira. E, para conferir isso, basta observar sem precisar ser muito atento a linha editorial da Folha de São Paulo e do Uol, valendo o mesmo para os outros meios de comunicação que compõem esse verdadeiro oligopólio da informação no Brasil. A Rede Globo, em particular.
Mas, consideremos que esteja correta a pesquisa do Datafolha. O que ela torna explícito é que tanto há tanto um piso quanto um teto de votos para oposição ao governo Lula. Isso independente de quem seja o candidato. O piso seria um percentual em torno dos 30% e o teto 40%.
Tanto as duas últimas eleições mostram isso - em 2002, quando o candidato foi o próprio José Serra, quanto em 2006, agora com Geraldo Alkimin, ambos paulistas (paulistas como o próprio FHC), o percentual máximo que ambos atingiram no segundo turno foi o de 40%), quanto as pesquisas para a eleição de 2010 continuam a demonstrar que isso é verdadeiro. Vejam que os percentuais obtidos por Serra no próprio Datafolha, mesmo quando ele era candidato quase que "sozinho", esse números chegaram no máximo a 47%, em março de 2009.
Enquanto isso, a desconhecida Dilma Roussef, que nunca disputou uma eleição e sempre atuou como "técnica", tanto no Governo do Rio Grande do Sul quanto no governo Lula, - a Globo e seus comentaristas não adoram "técnicos"? -, quando seu nome foi divulgado na praça com maior intensidade, ela facilmente atingiu o patamar dos 30%. Isso sem campanha, ou seja, sem um contato mais direto com o eleitor e com as informações que ele precisa para decidir seu voto. Além disso, com todo o bombardeio midiático feito contra Dilma Rousseff pelo PIG, que procura a todo hora desconstruir sua candidatura.
Quantas mentiras já foram divulgadas contra Dilma, principalmente pela Folha de São Paulo, desde que ela tornou-se a candidata de Lula e do PT? Vejam o caso da divulgação de um ficha de Rousseff do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), o órgão que perseguia e assassinava quem lutava contra a ditadura militar. Lembram do nome do delegado Sérgio Paranhos Fleury? Delegado do Dops.
Dilma Rousseff, como todos haverão se tomar conhecimento, era uma jovem estudante quando aconteceu o golpe militar de 1964. Como milhares de brasileiros, especialmente estudantes, Dilma partiu para a luta clandestina contra a ditadura. Foi presa e torturada. Sobreviveu e teve a sorte que muitos outros assassinados nos porões da ditadura não tiveram.
Enquanto isso, a Folha, que apoiou os militares - assim como todo o PIG - colaborava com o regime emprestando carros ao DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna). Isso segundo o próprio Élio Gápari, atual colunista do jornal, que publicou uma série de livros sobre a ditadura militar: "Carros da empresa eram emprestados ao DOI, que os usava como cobertura para transportar presos na busca de 'pontos' "(A Ditadura Escancarada, p. 395).
Não foi por outro motivo, portanto, que o jornal se referiu, em editorial do dia 17 de fevereiro de 2009, à ditadura militar como"ditabranda", o que provocou uma onda de protestos no país, o que fez a Folha reagir atacando aqueles que a criticavam (clique aqui para conhecer mais sobre essa polêmica).
Assim, a divulgação feita pela FSP de um da ficha de Rousseff no Dops foi apenas mais um episódio do quanto o jornalismo militante desses meios despreza a verdade e se dispõe a falsificar a verdade para atingir seus objetivos políticos. Apontada como verdadeira pelo jornal, que chegou a fazer uma matéria de primeira página sobre ela, a ficha era na verdade um grosseira falsificação (clique aqui para conferir como essa manipulação foi desmascarada). Mesmo assim, nem o jornal pediu desculpas pelo ocorrido, nem ofereceu espaço para que Dilma se defendesse das inverdades.
Assim, manipulaçao de pesquisa eleitoral será o mínimo que a candidatura de Dilma Rousseff terá de enfrentar nessa campanha. Vem muito mais sujeira por aí.
E sujeira é coisa que José Serra entende muito bem (os próprios "aliados" que o digam).
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Ô desespero, meu Deus!
ResponderExcluirO Sensus e o Vox Populi não têm 0,1% da credibilidade e do índice de acertos do Datafolha.
ResponderExcluirSerra cresceu dois pontos. É que Dilma cresceu unzinho.
ResponderExcluirJá na espontânea, Dilma cresceu unzinho e Serra cresceu quatro.
A manchete da Folha não alardeia crescimento de Serra, mas estabilização do quadro com dianteira clara do candidato tucano.
ResponderExcluirSe Lula não ganhou de Alckmin na Região Sul, faz algum sentido Dilma ganhar de Serra lá, como quer o Sensus?
ResponderExcluirNenhum sentido!
Para o Sensus, Dilma tem 40% na Região Sul, contra 33% de Serra.
O Datafolha repôs a verdade: 48 a 26 a favor de Serra.
Calminha Gilson. Chama bina aew... Mestre, ele tá nervoso.
ResponderExcluirSó não ver quem não quer meu caro. O povo quer a continuidade. Fique nervoso não. No dia da votação tu verás quem está certo.
Mestre, ele tá nervoso.
Quer apostar, Cezar Miranda? Meu e-mail é gmg.sacocheio@gmail.com.
ResponderExcluirNervoso está você, 10 pontos atrás.
Aprendi na disciplina "Estatística para as Ciências Sociais", na Escola de Economia e Ciência Política da Universidade de Londres, que em pesquisas eleitorais não se deve repetir a amostragem, como têm feito o Sensus e o Vox Populi. O Datafolha e o Ibope não fazem isso.
ResponderExcluirNooooooooossa... Olha a minha cara de preocupado se você aprendeu Estatística para as Ciências Sociais", na Escola de Economia e Ciência Política da Universidade de Londres, para mim e para o povão isso não faz a mínima difenrença. O povo quer a continuidade, e essa é a melhor matematica para vencer as eleições.
ResponderExcluirMeu caro! Você como um "Sociologo", deveria falar mais com a razão, por mais que você goste da turma do consórcio PSDB+DEM+PPS+PIG, não deveria querer apostar, mostrar que sabe, que é o melhor, passa uma certo ódio e desespero. Meu pai sempre disse que, devemos desconfiar da opinião desses ditos intelectuais que se gabam de mais, a opinião deles caem por terra sempre.
No mais,eu adoro quando alguns ditos estudiosos dão pitáco contra o PT e o Lula, ele, o Lula mostra sempre o contrário e os deixam bôbos, sem saber o que fazer, como acontece com a oposição.
Calma Gilson, mestre que levar você para o nosso planeta.
Esse Gilson é "engraçado" de mais kkkkk O que importa vc dizer que estudou "na disciplina "Estatística para as Ciências Sociais", na Escola de Economia e Ciência Política da Universidade de Londres" se vc continua uma pessoa despreparada para analisar resultados de pesquisa. Analise, por exemplo, as pesquisas do Ibope nas últimas eleições na Paraíba e veja como o instituto é desqualificado e manipulador, deu 10% de vantagem pra Cássio e o resultado foi de apenas 2%. Gilson, teu currículo não diz nada se tua alma é pequena para ver a manipulação desses institutos de pesquisa. Como disse o colega "Chama bina aew... Mestre, ele tá nervoso". kkk
ResponderExcluirQuerem apostar, camaradas? Meu e-mail é gmg.sacocheio@gmail.com.
ResponderExcluirNa Paraíba, o Ibope tem um histórico de erros. Mas nacionalmente, não o tem.
No mais, olha o despeito!