segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mobilidade urbana não foi o forte da administração de RC na prefeitura de João Pessoa


Ricardo Coutinho quer agora se apresentar à população da capital do estado que governa desde 2011 como um gestor preocupado com a mobilidade urbana da cidade.

Há menos de um ano da eleição em que o governador concorrerá para renovar seu mandato, a estratégia para RC para dar visibilidade à sua gestão é o lançamento de grandes projetos de mobilidade urbana. 

E não é por acaso que Coutinho prioriza esse setor.

Os problemas de mobilidade urbana geram hoje grande impacto na deterioração da qualidade de vida da cidade, e, como qualquer pessoense razoavelmente bem informado sabe, as duas gestões de RC na Prefeitura de João Pessoa foram paupérrimas em realizações nesse setor.

À exceção da criação de uma faixa na Avenida Pedro II, o que mais fez Ricardo Coutinho para melhorar a mobilidade urbana em João Pessoa? 

Ação que, aliás, teve os efeitos positivos quase anulados com a autorização para funcionamento do supermercado Carrefour, no início corredor principal que liga o Bairro dos Bancários à Zona Sul da cidade.

Esse fato por si só evidencia a quase ausência de uma visão de longo prazo e expõe a pobreza que foi o planejamento urbano durante a gestão de RC na prefeitura de João Pessoa, quase que exclusivamente centrado em melhorias organizacionais no trânsito.

Nada foi feito, por exemplo, em termos de implantação de transporte sobre trilhos, seja metrô ou VLT, que dão mais fluidez e rapidez aos deslocamentos no âmbito das cidades.  

RC foi incapaz de ser generoso com a cidade se esforçando em prepara-la para o futuro. Ao contrário, apostou na mesmice de priorizar os interesses das empresas de ônibus, que enfeiam, poluem e ajudam a transformar o transito num inferno cotidiano para as cidades em crescimento acelerado como é João Pessoa, hoje.

RC quer aparecer e brigar

Agora que o Prefeito Luciano Cartaxo dá mostras de que sua gestão pretende priorizar o transporte de massas, RC tenta obscurecer a importância dessa ação planejada chamando o prefeito para participar do ringue em que transformou o seu governo.

De maneira propositada, invade a competência da PMJP, não apenas se apropriando de espaços públicos que a ela pertencem – como o terreno onde o governo anunciou a pretensão de construir um trevo na entrada do bairro de Mangabeira.

RC também despreza o planejamento urbano ora em curso, que é uma das mais importantes atribuições das administrações das grandes cidades, e que ele relegou à desimportância quando foi prefeito.

Incapaz de promover parcerias com a Prefeitura de João Pessoa para desenvolver a cidade, a intenção do governador é aparecer como único “pai” da obra, essa triste característica de um tradicionalismo político, que se pensava enterrada na Paraíba.

Situação do trânsito de João Pessoa se agravou muito nos
último 10 anos
O que não deixa de ser um triste paradoxo, porque se pensava que RC aboliria essa prática administrativa. Até nisso estávamos enganados.

Como que desejando promover uma polarização artificial, o governador tenta puxar briga com o prefeito Luciano Cartaxo, esquecendo que a última que ele tentou com Luciano Agra foi nocauteado vergonhosamente, em 2012.

A PMJP luta para evitar que suas atribuições sejam diminuídas diante do autoritarismo do atual governo. E deve resistir, sem, entretanto, aceitar as provocações do briguento governador.


O que RC deseja mesmo é, por trás de uma obra que, por enquanto, só existe em telas de computador e na propaganda oficial, ganhar notoriedade numa cidade abandonada por seu governo. 

E tentar fazer as pessoas esquecerem o fracasso que foi a sua gestão na PMJP no âmbito da mobilidade urbana. 

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