Impressionante relato no Facebook do
tratamento recebido pelo irmão da jornalista Raquel Medeiros no Hospital de
Traumas de João Pessoa.
No domingo à tarde,
depois de um acidente de moto, o irmão de Raquel dá entrada no HT com fratura exposta
no braço.
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Retrato do caos: com RC, o HT gasta mais atendendo menos da metade dos pacientes que atendia antes. Essa é a competência ricardista. |
Ele também
sangra pelo nariz. 24 horas depois, o rapaz é
transferido sem cirurgia para o Htop (anexo do Trauma).
Não há nem lenço nem
papel higiênico para a higiene pessoal, do paciente e dos acompanhantes.
Vejam que se trata de um hospital de traumas, que atende pacientes, em geral, com fraturas expostas!
Vejam que se trata de um hospital de traumas, que atende pacientes, em geral, com fraturas expostas!
Até às 19 horas de
ontem, 50 horas depois do acidente, a cirurgia do braço do paciente ainda
não tinha sido feita.
E pior. É descoberta a razão para o sangramento nasal:
fratura no na face.
Leiam vocês próprios
esse dramático relato, que certamente não é o único. Só que desta vez aconteceu
com quem tem voz, e coragem para expor a verdadeira situação do Hospital de
Traumas da Paraíba, que um dia foi um hospital de referência, e o caos em que
vive a saúde pública do nosso estado.
Sábado - 26 de janeiro
às 15:47
Após 24 horas do
acidente de moto com meu irmão, a família está traumatizada pela falta de
informação. Há pouco, às 14h30, soubemos da transferência para o Htop: sem
cirurgia realizada da fratura no braço, com muitas dores e sem perspectiva para
o atendimento real. O que percebo: funcionários camuflando a realidade e
pensando que nós, parentes, somos alheios ao caos. Atendimento
"humanizado" é isso. Governo da Paraíba de parabéns, amontoando gente
como se fosse mercadoria em estoque.
Sábado - 26 de janeiro
às 21:00
Boletim do Hospital de
Trauma
14h30: Meu irmão
acidentado por um carro na Av. Beira Rio. Entrada no Hospital.
1h30 da manhã:
atendimento e permanência na Ala Vermelha (limbo)
10h - ainda na Ala
Vermelha paciente espera cirurgia do braço
Família sem acesso e
informações precisas.
14h: transferência para
o Htop (anexo do Trauma)
Não há médico para
avaliar o paciente
16h: paciente se
contorce de dor e tem sangramento nasal. Não há, sequer, papel higiênico na
enfermaria
18h: família leva Kit de
higiene ao hospital (algodão, lenços de papel, lenços umedecidos, cotonetes).
Hospital desmente a falta de material na enfermaria. Entro e comprovo a falta
de cuidado com pacientes e acompanhantes.
20h: Médico? Só amanhã,
segunda-feira. Rezar para não haver complicações.
Segunda - 27 de janeiro
às 18:31
A Saúde humanizada do
Estado da Paraíba
Paciente com fratura
exposta espera 12h por atendimento no Hospital de Trauma. Dores, risco de
infecção e desrespeito à vida.
Do lado de fora, família
sem informação para não denunciar os abusos.
Este é o tratamento
humanizado do GOVERNO DA PARAÍBA. O CAOS é o selo de "Acreditação" da
Saúde paraibana.
Cirurgia? Sem previsão.
Segunda - 27 de janeiro
às 19:30
Governo da Paraíba faz
mal à Saúde
Mais de 50h após
paciente dar entrada no Hospital de Trauma (vítima de acidente de moto) com
fratura exposta no braço, é descoberta uma fratura na face. O sangramento nasal
permanente sinalizou à família que algo estava errado e ignorando o
"quadro normal" pediu, insistentemente, nova avaliação médica.
Não há como descrever o
sentimento de impotência. O Hospital de Trauma simboliza a tragédia da saúde
pública do Estado. A população quer respeito e compromisso com a vida.
PS: O Hospital de Trauma
de João Pessoa quer receber o certificado de Acreditação. O selo, semelhante ao
ISO e exclusivo das instituições de saúde, atesta a qualidade dos serviços
prestados. Quem pode ACREDITAR e confiar neste tipo de atendimento? Propaganda
enganosa do Governo da Paraíba.
Segunda - 27 de janeiro
às 20:34
Boletim do Hospital de
Trauma
16h: paciente deixa o
Htop e retorna ao Hospital de Trauma
18h: detectada fratura
na face após 50 horas do acidente
19h: paciente com dor,
espera cirurgia da face e da fratura exposta no braço no corredor, com outras
dezenas de enfermos entregues à sorte.
Amanhã a família tem que
"batalhar" vaga na enfermaria.
Durma com um descaso
desta proporção.
Boa noite:
Ricardo Coutinho,
governador da Paraíba
Waldson Dias de Souza,
secretário de Saúde do Estado
Edvan Benevides, diretor
técnico do Hospital de Trauma
Leide Neria,
coordenadora da Urgência e Emergência do TRAUMA
Segunda - 27 de janeiro
às 21:39
Rolezinho da Imprensa no
Hospital de Trauma
EM TEMPO
Fui informado agora há pouco que o paciente do Hospital de Trauma, Jaime Medeiros, continua sem atendimento cirúrgico (hoje é quarta). Segundo me informou um membro da família, como a fratura ficou muito tempo exposta, sem cirurgia, o risco de infecção agora é alto. Portanto, o rapaz terá de esperar pelo menos sete dias para sofrer o procedimento cirúrgico.
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