Neste último, deixei comentário a uma mensagem (Clique aqui para acessá-la) que compartilho como vocês logo abaixo.
Vamos com calma. Estamos sob fogo cerrado e, ao que parece, estamos sentido o baque. O importante a registrar é que, ao que parece, Dilma mantém não apenas manteve os votos conquistados no primeiro turno, como incorporou de 6 a 8%. Se ela tivesse apenas mantido os mesmos votos do 1º turno, ainda seria bom. Serra, ao que parece, terá que tirar votos de Dilma e isso, também ao que parece, ainda não está acontecendo. O desafio é nos organizarmos para a guerra aqui por baixo e contra-atacar. Já convenci meu irmão, que no primeiro turno me enviava vários a-mails por dia contra Dilma. O convenci mostrando a carlhordice dessa campanha tucana. Se Dilma está segurando a peteca sozinha, quando o Lula entrar em campo, resolve o jogo. Nós temos um eleitorado firme e fiel. Nesse momento, é tudo que importa.
Pois bem. Para alívio de muitos – que costumam regular seu ânimo pelas pesquisas – o Datafolha de ontem manteve os dois candidatos muito próximo dos percentuais que conquistaram na última pesquisa, realizada no fim de semana passado. Serra manteve o mesmo percentual (41%) e Dilma oscilou de 48 para 47%. Em suma, o quadro pouco foi alterado na segunda semana de campanha, e indica que Dilma conseguiu frear o avanço que Serra conseguiu na euforia da primeira semana após o primeiro turno, quando a candidata do PT e de Lula enfrentou seu prior momento nessa campanha.
Veja os dados da pesquisa Datafolha publicada ontem (clique nas imagens para ampliá-las):
E a reação se deu em quatro frentes.
A primeira, no debate do último domingo na Band, quando Dilma finalmente partiu para ofensiva e colocou José Serra nas cordas. Entre outras coisa, acusou explicitamente o nome da esposa do tucano de envolvimento na campanha de difamação movida contra ela, especialmente na questão do aborto. Serra manteve-se calado, incapaz de defender a própria mulher para salvar a pele. Covardia? Covardia e medo.
E foi Dilma, na mesma ocasião, quem trouxe Paulo Preto, que embolsou 4 milhões de reais arrecadados de empreiteiras com negócios no governo de São Paulo, para o centro do debate eleitoral. Serra primeiro negou que o conhecesse, mesmo que ele tivesse ocupado um importante posto no governo paulista; depois das ameaças "veladas" feitas por Preto à Folha, Serra passou a defendê-lo. Isso porque ele é um homem que não muda de opinião. (O blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, publicou um série de postagens que mostram quem é Paulo Preto. Para acessá-las, clique aqui, aqui, aqui e aqui).
A segunda, foi no guia eleitoral, que intensificou as críticas e passou a jogar pesado na comparação entre os governos Lula e FHC, e enfatizando a participação direta e decisiva de José Serra no processo de privatização tucano, lembrando que, e isso é o que realmente importa nessa eleição, o que os tucanos desejam elegendo Serra é se apoderar do Pré-Sal para vender suas imensas reservas às multinacionais do petróleo. Dilma ainda começou a mostrar a verdadeira face do governo de Serra em São Paulo.
A terceira frente foi a sociedade civil organizada que começou a se mobilizar para evitar a volta dos tucanos ao poder. Centrais sindicais, professores, intelectuais, MST organizam ações e preparam manifestos em apoio à Dilma por todo o país, entrando no debate e ajudando a esclarecer o que de verdade está em jogo nessa eleição.
E a quarta frente foi a internet, que foi subestimada (e ainda é, especialmente aqui na Paraíba) no primeiro turno, mas foi aqui que o ovo da serpente do conserdadorismo e da desinformação foi plantado e levou a eleição para o segundo turno. Começamos todos a responder as mensagens difamadoras contra Dilma e a enfrentar o debate eletrônico. Nesse aspecto, os blogs jogaram importante papel, tanto para informar os eleitores, quanto para fornecer dados para a guerra "internética".
Nas duas semanas que restam dessa campanha, a disputa tem que continuar sendo voto a voto. Contra o obscurantismo tucano, a razão; contra a política do ódio, a solidariedade; contra o oportunismo, a coerência da história de gerações que lutam por um Brasil mais justo; contra o pragmatismo, a paixão que nos arrebata a todos; contra o fim da política, a sua afirmação, a sua necessidade para o Brasil e para o mundo, o debate franco e aberto das diferenças. Só assim nós avançaremos para uma sociedade mais igual.
O povo brasileiro precisa dessa vitória. E ela está nas mãos de todos nós. Felizmente.
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